sistema de captação de água subterrânea

A captação de água, seja subterrânea ou superficial, é uma prática essencial para diversas atividades humanas, como agricultura, indústrias, abastecimento público e uso doméstico. No entanto, para que essa ação seja realizada de maneira legal e sustentável, é necessário atender a uma série de requisitos regulamentados por órgãos ambientais.

Neste artigo, vamos abordar os principais passos e exigências para realizar a captação de água subterrânea e superficial no Brasil.


Diferenças entre captação de água subterrânea e superficial

Água subterrânea:

  • Extraída de aqüíferos por meio de poços tubulares ou cacimbas;
  • Geralmente é mais protegida de contaminações superficiais;
  • Requer perfuração e instalação de poços por profissionais habilitados.

Água superficial:

  • Captada de rios, lagos, reservatórios ou outras fontes externas;
  • Mais suscetível a variações sazonais e contaminações diretas;
  • Exige equipamentos como bombas e sistemas de condução.

Principais requisitos para captação de água

Outorga de uso da água

  • A outorga é uma autorização emitida pelo órgão gestor de recursos hídricos (ANA, órgãos estaduais ou municipais).
  • Ela garante que o uso da água não comprometa a disponibilidade do recurso para outros usuários e o equilíbrio ambiental.

Atividades sujeitas à outorga:

  • Captação para consumo humano ou industrial;
  • Lançamento de efluentes;
  • Desvios de curso d’água.
  • Estudos técnicos e projetos

Para captação subterrânea:

  • Estudos hidrogeológicos para identificar a disponibilidade e qualidade da água no aqüífero;
  • Elaboração do projeto do poço por profissional habilitado.

Para captação superficial:

  • Avaliação de vazões do manancial em diferentes épocas do ano;
  • Projeto de infraestrutura, incluindo bombas e tubulações.

Licenciamento ambiental

O licenciamento é necessário para atividades que possam causar impacto ambiental.
Inclui a apresentação de estudos como Relatório Ambiental Simplificado (RAS) ou Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), dependendo do porte do empreendimento.

Monitoramento e manutenção

  • É essencial monitorar a qualidade e a quantidade da água captada.
  • No caso de poços, deve-se realizar análises periódicas para evitar contaminação e garantir a potabilidade.
  • Em captações superficiais, é importante evitar assoreamento e outras alterações no curso d’água.

Responsabilidade técnica

A execução e operação das captações devem ser conduzidas por profissionais qualificados, como engenheiros e geólogos, devidamente registrados nos conselhos de classe (CREA/CAU).

Benefícios da regularização

Segurança jurídica:

Estar em conformidade evita multas e embargos.

Sustentabilidade:

  • O uso racional da água preserva recursos para gerações futuras.

Eficiência:

  • Sistemas bem projetados reduzem custos operacionais e desperdícios.
  • Melhora na qualidade da água: Monitoramentos garantem o fornecimento de água adequada para diferentes usos.

Conclusão

A captação de água subterrânea e superficial é uma atividade vital que exige planejamento, responsabilidade e atenção às exigências legais. Seguir os passos descritos não apenas assegura a legalidade do empreendimento, mas também contribui para o uso equilibrado e consciente dos recursos hídricos. Assim, é possível garantir a disponibilidade desse recurso tão valioso para o futuro.